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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

O admirável homem das lousas!


Preparou a melhor ração de ação de seus últimos trinta anos no mistério do magistério, mas seu consciente indecente de docente diz-lhe:"Não dê comida aos bichos!", pensa, repensa, é até que compensa, afinal não é crime, é creme, deve ser usado durante a vida toda, evita rusgas, evita fugas, é aula, liberta os bichos das (j)aulas!


Observa atentamente o horário, não é com fuso,é normal: muitas aulas para poucos! Repensa o mestre: "Há mais lousas entre o céu e a terra do que imagina a nossa vã filosofia!"


Entra na sala e ensina, é a sina, o discípulo aguarda o mestre, mas quem aprende? Dia do confessor, mentir, omitir, nem pensar! Mas quem pensa? Melhor a dispensa, fingir uma doença, sem saber que sofre da pior-melhor: "dar aula!", vício digno de suplício, ofício e hospício, mas por que todos querem sem querer querendo?


Ninguém tirou nota na prova, mas o que se provou? O pessoal ainda está na idade média e querem nota máxima! Provar o improvável, a inteligência conhece a mente, ativa a mente, ativamente?


O maior grito do intervalo é: "Deus me livre do livro livre!" As histórias têm cada história, mas tem coisas que não estão no gibi, a televisão tem sempre programas de censura livro, "Deus me livre!" O professor falou que tem que ler, mas "ler é um exercício" e cansa, tem livro que tem um monte de páginas e as páginas da vida são tristes, contam histórias que todo o mundo conta, mas ninguém leva em conta!

Um dia o professor virou "pssor" e outras, ele virou "Ô, p(R)essor!", não se sabe qual é a melhor e qual dá mais resultado, porém dizem que ele virou garoto de programação, que às vezes é igual votar para Presidente: "não dá nada!" e aí não se sabe se ele está em estado de choque ou choque de Estado! Dizem também que ele, professor, entrou num "ciclo vicioso":" não dá nada porque ganha mal e que ganha mal porque não dá nada!"


Entretanto, existe um "chão de giz", riscar arriscando o melhor do dia que nem foi tão "caminho suave" assim, pensar e logo, quiçá, existir, o quadro-negro mudou de cor, as maçãs foram doadas todas pela madrasta de Branca de Neve, não há mais castigo, o professor existe, persiste, insiste!


É dado o sinal, não é de alerta, não é de guerra, nem tanto de opressão, é de encontro, nunca houve tantos olhares, sorrisos amarelecidos ou não, apertos de mão, abraços sem laços e desembaraços, corpos discentes e docentes nem tão doces encontram-se, "a vida é a arte do encontro, embora haja tantos esencontros na vida!", o aluno que vem é vaivém, trocam-se estudos de caso, o aluno que vai é corpo que se esvai, é corpo que cai, é filho "emborando-se" sem o pai, é sorriso que virou juízo!


Todo professor teve professor, todo professor teve confessor, todo professor tem uma aula inesquecível e inigualável para contar, todo professor teve um pai adotivo por uma aula, todo professor tem uma profissão de confessor, todo professor tem uma confissão de professor!


Estou na procissão, estou na profissão, esperem-me, tenho muito a confessar, tenho muito a professar,esperem-me!

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